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Opinião ——

Se você não sabe como ser ouvido, experimente ouvir primeiro

Carolina Nalon

22 de novembro de 2016

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Você já passou por aquela sensação de “eu falo e ninguém me ouve”? Seja com seu chefe ou com seus colegas, muitas vezes, fica a impressão que as pessoas não estão realmente entendendo o seu objetivo e o X da questão está exatamente aí: como ser ouvido?

Saber ouvir

Muito é dito sobre a importância das técnicas de oratória e de linguagem corporal. Dominar estas técnicas pode dar muito certo, mas, para isso, é preciso dedicar bastante tempo e um treinamento constante, ainda mais se você for daquelas pessoas mais tímidas.

No entanto, o maior problema disso é que fazer discursos dessa forma costumam funcionar para grandes massas e não para discussões ou para negociações.

Para esses casos, em que a comunicação é de um para um, o segredo para o sucesso vai muito além do que falar. É preciso saber ouvir!

Conhecer seu interlocutor

Conhecer com quem se fala é fundamental em uma situação de comunicação. Esse raciocínio tem uma motivação muito clara: em um diálogo — como o próprio nome já diz —, existem sempre dois lados.

Por essa razão, muitas vezes, estudar seus argumentos como se estivesse em um monólogo, desconhecendo ou ignorando a reação do interlocutor, é exatamente onde se perde a linha de argumentação e se conquista a intransigência de quem está ouvindo você, tanto no âmbito profissional, quanto no pessoal.

É importante conhecer para prever as reações do interlocutor, para diminuir as chances de erro na linha de argumentação. Como posso prever a reação do meu interlocutor? Como posso prever o que ele vai me responder?

Esta atitude funciona como alguém que imita um artista ou apresentador de televisão ou times esportivos que se preparam para um grande jogo: são horas de observação. É preciso assistir os jogos para conhecer as jogadas. Então, experimente observar com quem você está conversando, sem colocá-lo na posição de um adversário. Afinal, vocês estão construindo uma conversa juntos.

Manipular ou persuadir?

Observe que a estratégia sadia não utiliza o silêncio e a observação para trair o seu adversário. Utilizar seus pontos fracos contra ele mesmo não é a estratégia de um bom profissional, é manipulação.

Ao associar as perspectivas e os interesses reais do seu interlocutor aos seus próprios objetivos, você conquista o respeito e a confiança dele. Uma conversa é uma via de mão dupla, em que ambos podem falar, mas que ambos devem ouvir.

A postura nestas situações deve ser a de buscar soluções que sejam boas para ambos, nem que, para isso, seja preciso fazer concessões. Não ache que o ideal é manipular seu interlocutor. O correto é expor os seus pontos, mas sem esquecer de compreender profundamente os do outro. Só assim você passa a ter informações suficientes para persuadir a outra pessoa.

Escutar o silêncio

É preciso conhecer o que ele pensa, estar a par do que ele acredita, entender quais são seus valores, suas motivações, seus anseios. Além disso, é importante observar e saber reconhecer suas variações de humor.

Existe uma relação de codependência entre você e seu interlocutor e o silêncio é, muitas vezes, a ferramenta mais eficaz para conhecer a verdade sobre como as suas necessidades podem afetar o outro. É no silêncio que ouvimos o que foi dito e, também, o que não foi.

É neste momento que podemos perceber a linguagem corporal e todos os sinais não ditos. Eles são essenciais para construir um diálogo eficiente.

Enfim, como ser ouvido?

Reconheça a posição do outro e faça conexões desses pontos de vista aos seus próprios argumentos, para que outro perceba a relevância que tem. Nesse caso, sim, é possível conquistar seu respeito e as chances de obter um retorno positivo ao final da argumentação são muito maiores.

Pronto para ser ouvido? Ou melhor, para ouvir? Se sim, então, mãos à obra! Se não, sem problemas. Essa atitude é um aprendizado.

 

 

Carolina Nalon

Sou uma eterna inquieta que acredita que o mundo precisa de mais autenticidade e empatia. Espero que você encontre muita inspiração nas minhas linhas. Se quiser saber mais sobre o que eu faço, visite carolinanalon.com.


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