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“Gute Noten in der Schule? Gutes Mädchen!”; “Echte Jungs weinen nicht!”

Patricia Schultz

Februar 12, 2015

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A pressão dos pais (ou adultos importantes) para que a criança atinja a suas expectativas tem um preço muito alto no desenvolvimento psicoemocional infantil. Controlar os pequenos para que ajam, sintam, ou pensem da maneira aprovada pelos pais está ligado a sintomas depressivos, ansiedade e baixa auto-estima (Barber, 1996; Soenens et al, 2012). Ou seja, a busca infinita pelo perfeito aos olhos dos pais custa.

Mesmo mensagens sutis de adultos - como por exemplo dar mais carinho e atenção quando a criança faz algo que agrade e menos carinho e atenção quando faz algo que desagrade - podem fazer com que a auto-estima e bem-estar da(o) pequena(o) se tornem contingentes a suas realizações. Aos olhos infantis fica a mensagem “eu só tenho valor quando estou contente ou quando vou bem na prova”. Essa criança, ao crescer, internaliza essa dinâmica e torna-se um adulto cuja auto-estima e bem-estar emocional dependem de atingir às expectativas alheias.

Expectativas essas que geralmente incluem a reprovação do erro, da falha, da tristeza, da imperfeição. E nessa o individuo se perde ao não saber se o propósito do que faz é algo que lhe tem significado e valor ou algo que lhe agrade o super ego e que lhe livre da culpa interna.

Se levarmos essa conversa para o campo emocional, é fato que os pais preferem quando seus filhos estão contentes. No entanto, emoções negativas são parte íntegra de ser humano. Na prática, quando uma criança chora ou faz birra, em vez de tentar evitar ou minimizar a demonstração emocional (tática controladora), é mais beneficial validar e aceitar a emoção sentida e aproveitar a oportunidade para ensinar sobre sentimentos.

Pesquisas mostram que a segunda opção leva a uma melhor subseqüente auto-regulação emocional e comportamental (Gottman et al., 1996; Katz & Hunter, 2007; Lunkenheimer, Shields, & Cortina, 2007). E ainda, crianças de pais mais controladores têm maior probabilidade de possuir menor empatia no futuro (Strayer & Roberts, 2004).

Mais especificamente, Roth e Assor (2010) demonstram que crianças de pais que promovem a supressão de emoções negativas têm menor habilidade de reconhecer emoções negativas em outras crianças, e de responder empaticamente quando outros estão tristes.

Reconheço que é um grande desafio não ter expectativas ou preferências para nossas crianças, afinal adultos também são imperfeitos e têm seus vieses. Porém é possível tentar reconhecer essas expectativas e se conscientizar para não as deixar conduzir suas interações com os pequenos.

No final das contas, é fundamental transmitir que temos valor apenas “por existir”, com todas nossas imperfeições. E aceitar nossas crianças fica mais fácil quando nós mesmos nos aceitamos e somos orgulhosos daquilo que somos e que não somos.

Patricia Schultz

Completed her Bachelors in social communication, her masters in cognitive psychology from the Atlantic University of Florida, and her doctorate in Clinical Psychology at the University of Rochester, where she is currently a therapist. At the moment she spend most time being a mother of her little Flora.


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